CompLin / nheengatu

Tools and resources for the computational processing of Nheengatu (Modern Tupi)
7 stars 1 forks source link

análise de "aité" #137

Open leoalenc opened 1 year ago

leoalenc commented 1 year ago

Cruz (2011, p. 148) (grifos meus):

Poderíamos traduzir as formas aitekua e aitenhaã para o Português coloquial como ‘isto aqui’ e ‘aquele lá’. Isso, porque, estão ligadas aos demonstrativos determinantes kua e nhaã. As formas longas são nomes, ou seja, funcionam como núcleo de sintagma nominal. As formas curtas determinam um nome (v. 6.2.1). Em alguns contextos, aitekua e aitenhaã ocorrem juntamente com outros nomes, o que pode dar a impressão de que também as formas longas funcionem como determinantes. No entanto, testes gramaticais permitem observar que se trata na verdade de uma relação de aposição explicativa entre dois sintagmas nominais.

Cruz (2011, p. 149):

Podemos levantar hipóteses sobre a origem das formas longas serem a fusão de ae=te nhaã ‘3SG=FOC DEM DIST ’ e ae=te kua ‘3SG=FOC DEM PROX ’.

leoalenc commented 1 year ago

Relaciona-se com #132.

leoalenc commented 1 year ago

Avila (2021):

aité (pron.) ele mesmo, ela mesma, isso mesmo; esse (s, a, as); aquele (s, a, as), isso, aquilo [muitas vezes é seguido pelos demonstrativos kwá ou nhaã]: Aité usú umunhã. (Stradelli, 316, adap.) - Ele mesmo vai fazer.; Nuká paá taité akutí upisika tatatingantu, aité paá kwá yamaã waá amana riré, tatatinga ta unheẽ waá akutí ratá. (Leetra Indígena. n. 17, 73, adap.) - No entanto, dizem que a pobre cutia pegou só fumaça, aquela mesma que nós vemos depois da chuva, a fumaça que dizem ser fogo de cutia.; Nuká paá taité urikú sapekwerantu piranga i ayura upé, aité paá tatá kwera nhaã. (Leetra Indígena. n. 17, 73, adap.) - No entanto, dizem que o pobre tinha só a marca vermelha em seu pescoço, dizem que aquilo foi o fogo.; [...] Nhaã paá yakaré rayera-itá ta upuíri ta uikú uí, aité paá i apekú tẽ paá aité nhaã ta yapuna wírupi waá. (Leetra Indígena. n. 17, 83, adap.) - Aquelas filhas do jacaré estavam torrando farinha, era sua própria língua aquilo que estava embaixo do forno deles.; Asuí yamukwekatú kwá yané rumuára, uriku waá kwá manduarisá usikari arã ukwá aité kwá nheenga resewara, [...]. (Leetra Indígena. n. 17, 45, adap.) - E nós agradecemos essa nossa companheira, que teve a ideia de buscar saber o que diz respeito a essa língua.; [...] aité paá nhaã-itá ta urikú waá-itá marakaimbara sasí piri waá, [...]. (Leetra Indígena. n. 17, 39, adap.) - [...] esses eram os que tinham o veneno mais venenoso, [...].; [...] yawé waá aité nhaã yakaré usemu xinga, umuturí arã tayera-itá supé, ta upisika arã yuí (Leetra Indígena. n. 17, 75, adap.) - [...] assim aquele jacaré saiu um pouco mais [de baixo do forno], para iluminar para suas filhas, para elas pegarem as rãs.; I pusé aité maã arasú waá se atiiwa árupi. (Hartt, 327, adap.) - Isto que eu levo sobre meu ombro é pesado. ■ Reg. hist.: [Stradelli [aeté], 316; Tastevin [aete], 593, 605; Hartt [aete], 327; Magalhães [ahé tenhẽ], 122, 222, 230, 232, 234; Amorim, [aé ten] 178, 179, [aé tenhé] 389] ◆ [composta de , tẽ1]

leoalenc commented 1 year ago

Relaciona-se possivelmente com #490 e #471.