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É bem comum que uma aplicação precise acessar vários bancos de dados para prover suas funcionalidades. Um exemplo clássico dessa situação encontramos em empresas que possuem muitos sistemas, e para evitar ter tabelas e registros duplicados em várias bases de dados distintas, criam as chamadas bases corporativas, responsáveis por conter as informações comuns a todos os sistemas.
Supondo que temos uma aplicação Java, em um ambiente JavaEE, utilizando a JPA para fazer acesso aos bancos de dados, considere as seguintes configurações no arquivo persistence.xml:
<?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?> <persistence version="2.1" xmlns="http://xmlns.jcp.org/xml/ns/persistence" xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance" xsi:schemaLocation="http://xmlns.jcp.org/xml/ns/persistence http://xmlns.jcp.org/xml/ns/persistence/persistence_2_1.xsd">
<persistence-unit name="app" transaction-type="JTA">
<provider>org.hibernate.jpa.HibernatePersistenceProvider</provider>
<jta-data-source>java:/appDS</jta-data-source>
<properties>
<property name="hibernate.dialect" value="org.hibernate.dialect.MySQL5InnoDBDialect" />
<!-- outras configuracoes... -->
</properties>
</persistence-unit>
<persistence-unit name="corporativo" transaction-type="JTA">
<provider>org.hibernate.jpa.HibernatePersistenceProvider</provider>
<jta-data-source>java:/corporativoDS</jta-data-source>
<properties>
<property name="hibernate.dialect" value="org.hibernate.dialect.MySQL5InnoDBDialect" />
<!-- outras configuracoes... -->
</properties>
</persistence-unit>
Repare que temos dois persistence-unit's configurados, sendo um chamado app, que utiliza o DataSource da nossa aplicação, e o outro chamado corporativo, este utilizando o DataSource corporativo.
Agora considere que temos a seguinte classe DAO em nossa aplicação:
public class ProdutoDao {
private final EntityManager manager;
public ProdutoDao(EntityManager manager) {
this.manager = manager;
}
public List<Produto> todosOrdenadosPeloNome() {
String jpql = "FROM Produto p ORDER BY p.nome";
return manager.createQuery(jpql, Produto.class).getResultList();
}
//outros metodos...
} Repare que a classe possui um construtor esperando como parâmetro uma instância de um EntityManager. Se nossa aplicação estiver utilizando também o CDI, podemos indicar que ele será o responsável por obter esta instância do EntityManager, com o uso da annotation @Inject:
public class ProdutoDao {
private final EntityManager manager;
@Inject
public ProdutoDao(EntityManager manager) {
this.manager = manager;
}
//restante do codigo...
} Entretanto agora teremos um problema, pois o CDI não sabe como obter uma instância de um EntityManager. Podemos resolver este problema utilizando o recurso de Producer Method do CDI, que nada mais é do que um método anotado com @Produces, para ensiná-lo a como obter uma instância de um objeto do tipo EntityManager. Isto pode ser feito criando-se uma classe como a seguinte:
@ApplicationScoped public class EntityManagerProducer implements Serializable {
private static final long serialVersionUID = 1L;
@PersistenceUnit
private EntityManagerFactory factory;
@RequestScoped
@Produces
public EntityManager createEntityManager() {
return factory.createEntityManager();
}
public void closeEntityManager(@Disposes EntityManager manager) {
if (manager.isOpen()) {
manager.close();
}
}
} Pronto! Agora o CDI sabe que deverá chamar o método createEntityManager para obter uma instância de um EntityManager, e que esta instância deverá ser mantida apenas pelo tempo de um request.
Note que no código anterior existe também um método chamado closeEntityManager, que possui um parâmetro do tipo EntityManager anotado com @Disposes. Isto indica ao CDI que este método deverá ser chamado sempre que ele for descartar uma instância de um EntityManager.
Mesmo assim ainda teremos problemas, pois utilizamos a annotation @PersistenceUnit para injetar uma instância de um EntityManagerFactory, mas como temos dois persistence-unit's configurados, devemos informar para qual persistence-unit a factory será criada. Além disso, nossa aplicação precisará acessar dois bancos de dados distintos, e sendo assim precisaremos de dois EntityManager's e duas EntityManagerFactory's distintas. Atualizando o código anterior teremos o seguinte:
@ApplicationScoped public class EntityManagerProducer implements Serializable {
private static final long serialVersionUID = 1L;
@PersistenceUnit(unitName = "app")
private EntityManagerFactory appFactory;
@PersistenceUnit(unitName = "corporativo")
private EntityManagerFactory corporativoFactory;
@RequestScoped
@Produces
public EntityManager createAppEntityManager() {
return appFactory.createEntityManager();
}
@RequestScoped
@Produces
public EntityManager createCorporativoEntityManager() {
return corporativoFactory.createEntityManager();
}
public void closeEntityManager(@Disposes EntityManager manager) {
if (manager.isOpen()) {
manager.close();
}
}
} E por fim um último problema a ser resolvido =D Como temos dois métodos producer's de EntityManager's, ao tentar injetar uma instância de EntityManager em nossa classe DAO, o CDI não saberá qual dos dois métodos producer's deverá chamar, e com isso lançará uma Exception indicando o problema de ambiguidade.
Este problema pode ser resolvido utilizando outro recurso do CDI chamado Qualifier. Um qualifier nada mais é do que uma Annotation que funciona como uma espécie de Alias, para que assim possamos identificar qual producer deve ser chamado em um determinado ponto de injeção.
Criaremos uma annotation chamada @Corporativo, e para indicar que esta annotation é um qualifier do CDI, basta anotá-la com @Qualifier:
@Retention(RetentionPolicy.RUNTIME) @Target({ElementType.METHOD, ElementType.FIELD, ElementType.PARAMETER}) @Qualifier public @interface Corporativo { } Agora devemos usar nosso qualifier no método producer:
@ApplicationScoped public class EntityManagerProducer implements Serializable {
@RequestScoped
@Produces
@Default
public EntityManager createAppEntityManager() {
return appFactory.createEntityManager();
}
@RequestScoped
@Produces
@Corporativo
public EntityManager createCorporativoEntityManager() {
return corporativoFactory.createEntityManager();
}
//restante do codigo omitido...
} Repare que adicionamos nosso qualifier no método createCorporativoEntityManager. Note também que no método createAppEntityManager adicionamos a annotation @Default, que nada mais é do que um qualifier do próprio CDI, e serve para indicar que este é o método producer a ser chamado quando não especificarmos um qualifier em algum ponto de injeção.
Agora a classe DAO funciona normalmente, sendo que nela será injetado o EntityManager que acessa o banco de dados da aplicação, pois nenhum qualifier foi utilizado. E para injetar o EntityManager que acessa o banco de dados corporativo, basta alterar o construtor da classe DAO adicionando o qualifier @Corporativo no parâmetro do construtor:
public class ProdutoDao {
private final EntityManager manager;
@Inject
public ProdutoDao(@Corporativo EntityManager manager) {
this.manager = manager;
}
//restante do codigo...
} A injeção também pode ser feita via atributo, ao invés do construtor:
public class ProdutoDao {
@Inject
@Corporativo
private EntityManager manager;
//restante do codigo...
} É possível também injetar os dois EntityManager's na mesma classe DAO:
public class ProdutoDao {
@Inject
@Corporativo
private EntityManager corporativoManager;
@Inject
private EntityManager appManager;
//restante do codigo...
}
É bem comum que uma aplicação precise acessar vários bancos de dados para prover suas funcionalidades. Um exemplo clássico dessa situação encontramos em empresas que possuem muitos sistemas, e para evitar ter tabelas e registros duplicados em várias bases de dados distintas, criam as chamadas bases corporativas, responsáveis por conter as informações comuns a todos os sistemas.
Supondo que temos uma aplicação Java, em um ambiente JavaEE, utilizando a JPA para fazer acesso aos bancos de dados, considere as seguintes configurações no arquivo persistence.xml:
<?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?> <persistence version="2.1" xmlns="http://xmlns.jcp.org/xml/ns/persistence" xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance" xsi:schemaLocation="http://xmlns.jcp.org/xml/ns/persistence http://xmlns.jcp.org/xml/ns/persistence/persistence_2_1.xsd">
<persistence-unit name="app" transaction-type="JTA">
<provider>org.hibernate.jpa.HibernatePersistenceProvider</provider>
<jta-data-source>java:/appDS</jta-data-source>
<properties>
<property name="hibernate.dialect" value="org.hibernate.dialect.MySQL5InnoDBDialect" />
<!-- outras configuracoes... -->
</properties>
</persistence-unit>
<persistence-unit name="corporativo" transaction-type="JTA">
<provider>org.hibernate.jpa.HibernatePersistenceProvider</provider>
<jta-data-source>java:/corporativoDS</jta-data-source>
<properties>
<property name="hibernate.dialect" value="org.hibernate.dialect.MySQL5InnoDBDialect" />
<!-- outras configuracoes... -->
</properties>
</persistence-unit>
Repare que temos dois persistence-unit's configurados, sendo um chamado app, que utiliza o DataSource da nossa aplicação, e o outro chamado corporativo, este utilizando o DataSource corporativo.
Agora considere que temos a seguinte classe DAO em nossa aplicação:
public class ProdutoDao {
private final EntityManager manager;
public ProdutoDao(EntityManager manager) {
this.manager = manager;
}
public List<Produto> todosOrdenadosPeloNome() {
String jpql = "FROM Produto p ORDER BY p.nome";
return manager.createQuery(jpql, Produto.class).getResultList();
}
//outros metodos...
} Repare que a classe possui um construtor esperando como parâmetro uma instância de um EntityManager. Se nossa aplicação estiver utilizando também o CDI, podemos indicar que ele será o responsável por obter esta instância do EntityManager, com o uso da annotation @Inject:
public class ProdutoDao {
private final EntityManager manager;
@Inject
public ProdutoDao(EntityManager manager) {
this.manager = manager;
}
//restante do codigo...
} Entretanto agora teremos um problema, pois o CDI não sabe como obter uma instância de um EntityManager. Podemos resolver este problema utilizando o recurso de Producer Method do CDI, que nada mais é do que um método anotado com @Produces, para ensiná-lo a como obter uma instância de um objeto do tipo EntityManager. Isto pode ser feito criando-se uma classe como a seguinte:
@ApplicationScoped public class EntityManagerProducer implements Serializable {
private static final long serialVersionUID = 1L;
@PersistenceUnit
private EntityManagerFactory factory;
@RequestScoped
@Produces
public EntityManager createEntityManager() {
return factory.createEntityManager();
}
public void closeEntityManager(@Disposes EntityManager manager) {
if (manager.isOpen()) {
manager.close();
}
}
} Pronto! Agora o CDI sabe que deverá chamar o método createEntityManager para obter uma instância de um EntityManager, e que esta instância deverá ser mantida apenas pelo tempo de um request.
Note que no código anterior existe também um método chamado closeEntityManager, que possui um parâmetro do tipo EntityManager anotado com @Disposes. Isto indica ao CDI que este método deverá ser chamado sempre que ele for descartar uma instância de um EntityManager.
Mesmo assim ainda teremos problemas, pois utilizamos a annotation @PersistenceUnit para injetar uma instância de um EntityManagerFactory, mas como temos dois persistence-unit's configurados, devemos informar para qual persistence-unit a factory será criada. Além disso, nossa aplicação precisará acessar dois bancos de dados distintos, e sendo assim precisaremos de dois EntityManager's e duas EntityManagerFactory's distintas. Atualizando o código anterior teremos o seguinte:
@ApplicationScoped public class EntityManagerProducer implements Serializable {
private static final long serialVersionUID = 1L;
@PersistenceUnit(unitName = "app")
private EntityManagerFactory appFactory;
@PersistenceUnit(unitName = "corporativo")
private EntityManagerFactory corporativoFactory;
@RequestScoped
@Produces
public EntityManager createAppEntityManager() {
return appFactory.createEntityManager();
}
@RequestScoped
@Produces
public EntityManager createCorporativoEntityManager() {
return corporativoFactory.createEntityManager();
}
public void closeEntityManager(@Disposes EntityManager manager) {
if (manager.isOpen()) {
manager.close();
}
}
} E por fim um último problema a ser resolvido =D Como temos dois métodos producer's de EntityManager's, ao tentar injetar uma instância de EntityManager em nossa classe DAO, o CDI não saberá qual dos dois métodos producer's deverá chamar, e com isso lançará uma Exception indicando o problema de ambiguidade.
Este problema pode ser resolvido utilizando outro recurso do CDI chamado Qualifier. Um qualifier nada mais é do que uma Annotation que funciona como uma espécie de Alias, para que assim possamos identificar qual producer deve ser chamado em um determinado ponto de injeção.
Criaremos uma annotation chamada @Corporativo, e para indicar que esta annotation é um qualifier do CDI, basta anotá-la com @Qualifier:
@Retention(RetentionPolicy.RUNTIME) @Target({ElementType.METHOD, ElementType.FIELD, ElementType.PARAMETER}) @Qualifier public @interface Corporativo { } Agora devemos usar nosso qualifier no método producer:
@ApplicationScoped public class EntityManagerProducer implements Serializable {
@RequestScoped
@Produces
@Default
public EntityManager createAppEntityManager() {
return appFactory.createEntityManager();
}
@RequestScoped
@Produces
@Corporativo
public EntityManager createCorporativoEntityManager() {
return corporativoFactory.createEntityManager();
}
//restante do codigo omitido...
} Repare que adicionamos nosso qualifier no método createCorporativoEntityManager. Note também que no método createAppEntityManager adicionamos a annotation @Default, que nada mais é do que um qualifier do próprio CDI, e serve para indicar que este é o método producer a ser chamado quando não especificarmos um qualifier em algum ponto de injeção.
Agora a classe DAO funciona normalmente, sendo que nela será injetado o EntityManager que acessa o banco de dados da aplicação, pois nenhum qualifier foi utilizado. E para injetar o EntityManager que acessa o banco de dados corporativo, basta alterar o construtor da classe DAO adicionando o qualifier @Corporativo no parâmetro do construtor:
public class ProdutoDao {
private final EntityManager manager;
@Inject
public ProdutoDao(@Corporativo EntityManager manager) {
this.manager = manager;
}
//restante do codigo...
} A injeção também pode ser feita via atributo, ao invés do construtor:
public class ProdutoDao {
@Inject
@Corporativo
private EntityManager manager;
//restante do codigo...
} É possível também injetar os dois EntityManager's na mesma classe DAO:
public class ProdutoDao {
@Inject
@Corporativo
private EntityManager corporativoManager;
@Inject
private EntityManager appManager;
//restante do codigo...
}
É bem comum que uma aplicação precise acessar vários bancos de dados para prover suas funcionalidades. Um exemplo clássico dessa situação encontramos em empresas que possuem muitos sistemas, e para evitar ter tabelas e registros duplicados em várias bases de dados distintas, criam as chamadas bases corporativas, responsáveis por conter as informações comuns a todos os sistemas.
Supondo que temos uma aplicação Java, em um ambiente JavaEE, utilizando a JPA para fazer acesso aos bancos de dados, considere as seguintes configurações no arquivo persistence.xml:
<?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?> <persistence version="2.1" xmlns="http://xmlns.jcp.org/xml/ns/persistence" xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance" xsi:schemaLocation="http://xmlns.jcp.org/xml/ns/persistence http://xmlns.jcp.org/xml/ns/persistence/persistence_2_1.xsd">
<persistence-unit name="app" transaction-type="JTA">
<provider>org.hibernate.jpa.HibernatePersistenceProvider</provider>
<jta-data-source>java:/appDS</jta-data-source>
<properties>
<property name="hibernate.dialect" value="org.hibernate.dialect.MySQL5InnoDBDialect" />
<!-- outras configuracoes... -->
</properties>
</persistence-unit>
<persistence-unit name="corporativo" transaction-type="JTA">
<provider>org.hibernate.jpa.HibernatePersistenceProvider</provider>
<jta-data-source>java:/corporativoDS</jta-data-source>
<properties>
<property name="hibernate.dialect" value="org.hibernate.dialect.MySQL5InnoDBDialect" />
<!-- outras configuracoes... -->
</properties>
</persistence-unit>
Repare que temos dois persistence-unit's configurados, sendo um chamado app, que utiliza o DataSource da nossa aplicação, e o outro chamado corporativo, este utilizando o DataSource corporativo.
Agora considere que temos a seguinte classe DAO em nossa aplicação:
public class ProdutoDao {
private final EntityManager manager;
public ProdutoDao(EntityManager manager) {
this.manager = manager;
}
public List<Produto> todosOrdenadosPeloNome() {
String jpql = "FROM Produto p ORDER BY p.nome";
return manager.createQuery(jpql, Produto.class).getResultList();
}
//outros metodos...
} Repare que a classe possui um construtor esperando como parâmetro uma instância de um EntityManager. Se nossa aplicação estiver utilizando também o CDI, podemos indicar que ele será o responsável por obter esta instância do EntityManager, com o uso da annotation @Inject:
public class ProdutoDao {
private final EntityManager manager;
@Inject
public ProdutoDao(EntityManager manager) {
this.manager = manager;
}
//restante do codigo...
} Entretanto agora teremos um problema, pois o CDI não sabe como obter uma instância de um EntityManager. Podemos resolver este problema utilizando o recurso de Producer Method do CDI, que nada mais é do que um método anotado com @Produces, para ensiná-lo a como obter uma instância de um objeto do tipo EntityManager. Isto pode ser feito criando-se uma classe como a seguinte:
@ApplicationScoped public class EntityManagerProducer implements Serializable {
private static final long serialVersionUID = 1L;
@PersistenceUnit
private EntityManagerFactory factory;
@RequestScoped
@Produces
public EntityManager createEntityManager() {
return factory.createEntityManager();
}
public void closeEntityManager(@Disposes EntityManager manager) {
if (manager.isOpen()) {
manager.close();
}
}
} Pronto! Agora o CDI sabe que deverá chamar o método createEntityManager para obter uma instância de um EntityManager, e que esta instância deverá ser mantida apenas pelo tempo de um request.
Note que no código anterior existe também um método chamado closeEntityManager, que possui um parâmetro do tipo EntityManager anotado com @Disposes. Isto indica ao CDI que este método deverá ser chamado sempre que ele for descartar uma instância de um EntityManager.
Mesmo assim ainda teremos problemas, pois utilizamos a annotation @PersistenceUnit para injetar uma instância de um EntityManagerFactory, mas como temos dois persistence-unit's configurados, devemos informar para qual persistence-unit a factory será criada. Além disso, nossa aplicação precisará acessar dois bancos de dados distintos, e sendo assim precisaremos de dois EntityManager's e duas EntityManagerFactory's distintas. Atualizando o código anterior teremos o seguinte:
@ApplicationScoped public class EntityManagerProducer implements Serializable {
private static final long serialVersionUID = 1L;
@PersistenceUnit(unitName = "app")
private EntityManagerFactory appFactory;
@PersistenceUnit(unitName = "corporativo")
private EntityManagerFactory corporativoFactory;
@RequestScoped
@Produces
public EntityManager createAppEntityManager() {
return appFactory.createEntityManager();
}
@RequestScoped
@Produces
public EntityManager createCorporativoEntityManager() {
return corporativoFactory.createEntityManager();
}
public void closeEntityManager(@Disposes EntityManager manager) {
if (manager.isOpen()) {
manager.close();
}
}
} E por fim um último problema a ser resolvido =D Como temos dois métodos producer's de EntityManager's, ao tentar injetar uma instância de EntityManager em nossa classe DAO, o CDI não saberá qual dos dois métodos producer's deverá chamar, e com isso lançará uma Exception indicando o problema de ambiguidade.
Este problema pode ser resolvido utilizando outro recurso do CDI chamado Qualifier. Um qualifier nada mais é do que uma Annotation que funciona como uma espécie de Alias, para que assim possamos identificar qual producer deve ser chamado em um determinado ponto de injeção.
Criaremos uma annotation chamada @Corporativo, e para indicar que esta annotation é um qualifier do CDI, basta anotá-la com @Qualifier:
@Retention(RetentionPolicy.RUNTIME) @Target({ElementType.METHOD, ElementType.FIELD, ElementType.PARAMETER}) @Qualifier public @interface Corporativo { } Agora devemos usar nosso qualifier no método producer:
@ApplicationScoped public class EntityManagerProducer implements Serializable {
@RequestScoped
@Produces
@Default
public EntityManager createAppEntityManager() {
return appFactory.createEntityManager();
}
@RequestScoped
@Produces
@Corporativo
public EntityManager createCorporativoEntityManager() {
return corporativoFactory.createEntityManager();
}
//restante do codigo omitido...
} Repare que adicionamos nosso qualifier no método createCorporativoEntityManager. Note também que no método createAppEntityManager adicionamos a annotation @Default, que nada mais é do que um qualifier do próprio CDI, e serve para indicar que este é o método producer a ser chamado quando não especificarmos um qualifier em algum ponto de injeção.
Agora a classe DAO funciona normalmente, sendo que nela será injetado o EntityManager que acessa o banco de dados da aplicação, pois nenhum qualifier foi utilizado. E para injetar o EntityManager que acessa o banco de dados corporativo, basta alterar o construtor da classe DAO adicionando o qualifier @Corporativo no parâmetro do construtor:
public class ProdutoDao {
private final EntityManager manager;
@Inject
public ProdutoDao(@Corporativo EntityManager manager) {
this.manager = manager;
}
//restante do codigo...
} A injeção também pode ser feita via atributo, ao invés do construtor:
public class ProdutoDao {
@Inject
@Corporativo
private EntityManager manager;
//restante do codigo...
} É possível também injetar os dois EntityManager's na mesma classe DAO:
public class ProdutoDao {
@Inject
@Corporativo
private EntityManager corporativoManager;
@Inject
private EntityManager appManager;
//restante do codigo...
}
COnexão com multiplos banco de dados utilizando JPA/Hibernate