Open mayronceccon opened 5 years ago
Seria interessante adicionar isso no Readme.md
abaixo de um tópico Fatos conhecidos
e se possível com link para alguma fonte...
Se alguém puder fazer esse trabalho manual aqui para adiantar o lado seria interessante. Só vou poder aparecer quando tiver um tempinho livre no trampo.
Pinar no mapa os seguintes itens:
Podem criar um arquivo json ou csv com esses dados (latitude, longitude). No Gmaps tem a imagem do local antes do acidente. Pretendo usar esses dados para fazer estimativas de distâncias.
Segue imagem compartilhada do deslocamento do rejeito.
Link com mapa atualizado da área afetada pelo o rejeito.
É um desafio muito grande visto a estratificação dos rejeitos e as diversas características do rejeitos que eram armazenados. Junto com a lama tóxica há também rochas inertes. Eu tenho alguns vídeos que dá para estimar a velocidade dos rejeitos em alguns pontos. Mas, por exemplo, na parte em que havia um restaurante, estima-se que a altura dos rejeitos seja de 14 metros, após o desastre, então a velocidade dos rejeitos é muito diferente em cada ponto atingido, dependendo da topografia da região, das características do rejeito, dos obstáculos e vegetação existentes. Algumas hipóteses simplicadoras terão que ser adotadas, como teor de água no rejeito, altura da onda, volume vazado, tamanho da ruptura e assumir que esse tamanho aconteceu desde o início do sinistro.
Pessoal, tenho "experiência" com simulação em fluidos. Fiz mestrado na área e atualmente faço o doutorado, então sei alguma coisa. Um dos problemas que trabalho é a equação do transporte de solutos. Desenvolvo meus códigos em um framework de Elementos Finitos chamado Firedrake. Com ele, consigo realizar simulações com formulações adequadas ao problema do transporte de poluentes no rio em um caso simplificado 2D. Gerando uma malha da região afetada, conhecendo o ponto inicial da quebra da barragens e uma ideia da velocidade da lama saindo da barragem inicialmente, acredito que posso fazer uma simulação inicial determinística do problema. A abordagem ideial é com quantificações de incertezas, imbutindo essas nas variáveis de entrada, por ex., na velocidade inicial da lama saindo da barragem. Tenho interesse em contribuir na solução desse problema.
Estava pinando no maps para pegar as coordenadas das edificações e percebi que as que estão mais próximas estão a 1km de distância da Barragem do Feijão. A visão que essas primeiras edificações tinham da barragem era clara, sem barreiras. Se a velocidade realmente tivesse sido 1km/h as pessoas teriam tido 1h para fugir do local ou ir para áreas mais altas, o que não aconteceu.
Então é melhor desconsiderar essa informação dos 1km/h.
@felipebastosweb essa informação de 1km/h é quando os rejeitos pegaram o fluxo do rio. A velocidade dos rejeitos no estouro da barragem com toda certeza foi muito maior.
Nas reportagens da TV falaram que encontraram vestígios de mesas do refeitório a uns 800 metros do local do refeitório.
A barragem foi construída em 1976, pela Ferteco Mineração (adquirida pela Vale em 27 de abril de 2001), pelo método de alteamento a montante. A altura da barragem era de 86 metros, o comprimento da crista de 720 metros. Os rejeitos dispostos ocupavam uma área de 249,5 mil m2 e o volume disposto era de 11,7 milhões de m3. Fonte: http://saladeimprensa.vale.com/Paginas/Releases.aspx?r=Vale_atualiza_informacoes_sobre_o_rompimento_da_barragem_de_Brumadinho_&s=Mineracao&rID=2250&sID=6
Baseados nos dados disponíveis, podemos fazer uma primeira simulação estimando uma primeira onda de 20 metros de altitude e 100 metros de largura, estimando uma velocidade de 20 km/h. Para a edificação, localizada a 1km do local da ruptura, ser atingida pela primeira onda de rejeitos, nessas condições, seria necessário apenas 3 minutos, impossibilitando evacuação do local em tempo hábil.
Aqui um vídeo contendo um modelo reduzido de uma barragem de rejeitos. No caso o vídeo é japonês. São testadas duas situações, uma sem barreiras de contenção, e nesta situação os rejeitos, aqui representados por cascalho, atingem rapidamente uma cidade à jusante; na outra situação são colocadas duas barreiras de contenção, as quais impedem a pluma de se propagar totalmente, bem como amortiza a onda de rejeitos impedindo que os rejeitos atinjam zonas marginais e as edificações à jusante. https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1462524153881789&id=347590515375164
Para ajudar. A granulometria deste rejeito eh abaixo de 1,0mm. Em torno de 10 a 20% abaixo de 0,01mm ou 10 micrômetros. Levem em consideração portanto que quanto mais próximo da barragem maior a participação de “grosso “ sedimentado. A lama (material abaixo de 10micro) prossegue escoando por cima.
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1004852939719458&id=350324945172264
Pessoal meus cálculos preliminares estava com muita folga. Em verdade meu primeiro cálculo era de 60 km/h o que daria somente um minuto para a onda percorrer o primeiro quilômetro e atingir o refeitório, mas não tive segurança de divulgar esse resultado, porque seria um valor muito extremo. Mas foi isso o que ocorreu. Em menos de 1 minuto a onda, que pelas proporções do vídeo em determinados trechos realmente parece ter 20 metros de altitude como eu falei, atinge as edificações que continham o refeitório e a área administrativa. Então resumindo: Velocidade dos rejeitos quando encontra as edificações do refeitório: 60 km/h Altura da onda: cerca de 15 a 20 metros Tempo decorrido entre o colapso da estrutura e a primeira onda atingir as edificações do refeitório e área administrativa: 1 minuto
Não houve tempo hábil para a percepção do colapso nem para a evacuação da área. Qualquer pessoa formada em engenharia pode perceber de uma breve análise da altimetria do terreno à jusante que as edificações estavam na rota dos rejeitos, caso a estrutura viesse a colapsar, como ocorreu.
Pessoal acabei de ver na reportagem da Band que a velocidade dos rejeitos saiu da barragem colapsada com velocidade de 70km/h.
Ontem (28/01), repassaram que a velocidade dos rejeitos no fluxo do rio estava em torno de 1 KM por hora.
https://www.valor.com.br/brasil/6087889/velocidade-do-avanco-dos-rejeitos-no-rio-e-de-menos-de-1-kmh